Educar um filho é uma das tarefas mais desafiadoras e, ao mesmo tempo, mais transformadoras da vida. Muitas vezes, na tentativa de evitar conflitos, os pais acabam cedendo demais, criando uma permissividade que, no curto prazo, parece mais confortável, mas que, no longo prazo, cobra um preço alto, tanto para a criança quanto para a relação familiar.
Permitir que uma criança adote comportamentos desrespeitosos, egoístas ou destrutivos não é demonstração de amor; pelo contrário, é abdicar do papel essencial dos pais: orientar, corrigir e preparar para a vida em sociedade. Quando os pais deixam de estabelecer limites claros, o filho cresce sem compreender noções básicas de respeito, empatia e responsabilidade.
Além disso, é fundamental compreender que a responsabilidade primeira pela formação do caráter, dos valores e da disciplina dos filhos é da família. As instituições de ensino têm um papel complementar, oferecendo conhecimento, socialização e apoio, mas não podem substituir o dever dos pais de ensinar princípios éticos, limites e convivência. Transferir essa responsabilidade integralmente para as escolas é um erro que gera lacunas profundas na educação moral e emocional das crianças.
O título traz uma verdade dura: se você não ensinar os seus filhos a agir de forma adequada, inevitavelmente surgirão comportamentos que abalarão o vínculo emocional e gerarão ressentimento. O amor pelos filhos é incondicional, mas a convivência saudável depende de limites, valores e disciplina. Educar é um ato de amor corajoso: dizer “não” quando necessário, impor consequências justas e, sobretudo, dar o exemplo.
Por isso, não se trata apenas de controlar comportamentos indesejados, mas de formar caráter. Pais que assumem de fato seu papel educativo, sem delegá-lo às escolas, protegem o vínculo afetivo com seus filhos e contribuem para que eles se tornem adultos equilibrados, conscientes e capazes de estabelecer relações saudáveis no futuro.
Por Oscar Mariano
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