Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Desmistificar o processo e mostrar a importância da doação de medula óssea para os pacientes que aguardam pelo transplante é o principal objetivo da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, até 21 de dezembro. A médica hematologista Dahra Teles, do Núcleo de Oncologia do Agreste (NOA), em Caruaru, Pernambuco, enfatiza que as chances de uma pessoa encontrar um doador ideal entre irmãos (do mesmos pai e mãe) é de 25%, enquanto que entre não aparentados é de 1 em 100 mil. A análise de compatibilidade é realizada por meio de exames de histocompatibilidade - testes laboratoriais realizados a partir de amostras de sangue do doador e do receptor.
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos. Nela, são produzidos os componentes do sangue (leucócitos/ glóbulos brancos, hemácias/ glóbulos vermelhos e plaquetas). A Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea foi instituída pela Lei nº 11.930/ 2009, cujo texto foi alterado em 2023 com a redação dada pela Lei nº 14.530, passando a incluir itens para facilitar a localização dos doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - Redome.
A busca por doador compatível com o paciente cadastrado ocorre sempre que se precisa do procedimento e o paciente não tem doador aparentado. “Há pessoas em tratamento de doenças relacionadas com a produção de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, a exemplo de leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, além de anemias graves adquiridas ou congênitas. Para elas, o transplante pode ser a única esperança de cura”, enfatiza a hematologista.
O Redome - terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo - conta com mais de 3 milhões e 700 mil doadores cadastrados. A chance de se identificar um doador compatível, no Brasil, na fase preliminar da busca é de até 88%, e ao final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível confirmado. Por isso a necessidade de atualização contínua dos dados, que pode ser feita via site (https://redome.inca.gov.br/). Criado em 1993, o Redome é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), desde 1998.
Entre os critérios definidos pelo Ministério da Saúde para o processo de doação de medula óssea estão: ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, preencher uma ficha com informações pessoais e coletar uma amostra de sangue para testes de compatibilidade. As informações incluídas no banco de dados ficam ativas até os 60 anos de idade do doador.
NOA – Com uma trajetória de 15 anos de atuação em Caruaru, Pernambuco, o NOA conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos especialistas em oncologia, hematologia, mastologia, cirurgia oncológica, cirurgia torácica, endocrinologia, além de enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, nutricionistas, dentistas e fisioterapeutas, além de um time de colaboradores que prezam pelo melhor cuidado a todos os pacientes e seus familiares. A clínica oferece consultas médicas, infusões de tratamentos antineoplásicos e de outros imunobiológicos, enfermeira navegadora para agilizar a realização de exames e de procedimentos, além de acompanhamento médico durante internações hospitalares e muito mais. Para o preparo e administração ambulatorial de quimioterápicos, o NOA conta com uma equipe de profissionais de farmácia e enfermagem, o que garante um alto nível técnico e a segurança necessária ao paciente. Todas as condutas adotadas pela equipe médica estão amparadas nas melhores evidências científicas e em diretrizes globais para manejo dos mais variados tipos de cânceres.

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